sábado, 24 de janeiro de 2009

vírgulas

Era capaz de largar tudo agora, neste preciso momento, levar-te para fora do Mundo para me mostrares de onde provens. És estranho. Os homens são todos vindos de um planeta longínquo que ainda não descobri o nome. Sempre ausentes, lunáticos mas brilhantes.
Adorava que percebesses linguagem gestual, ou mesmo linguagem corporal. O movimento que provocamos com os olhos: o pestanejar cronometrado, o olhar convidativo a um jogo de sedução. No fundo, é isso mesmo: um jogo de sedução. Eu provoco, tu fixas ; como se os meus olhos fossem dignos de um azul ciano intenso que prende a atenção de qualquer um. Depois, estico o braço e tento chegar-te ao profundo, enquanto que tu desvias o olhar e quebras o momento. Já ouviste falar em vírgulas em vez de reticências?

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